Páginas

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por causa de um número

OBS: Não aguentei e simplesmente me apaixonei pelo texto da Meg Cabot na Capricho ed.1134 e tive que publicar ele aqui no blog ! 

  NINGUÉM FALA EM TER 14 MINUTOS DE FAMA. Taylor Swift nunca escreveu uma música sobre desilusões amorosas e também sobre as esperanças e possibilidades de ter 14 anos. E meus pais não tinham uma regra que dizia que eu podia começar a namorar assim que eu completasse 14 anos. Não, 15 era o número mágico. Então porque na noite do meu aniversário de 15 anos, eu estava me matando de chorar ?
  Eu tinha que estar muito feliz.Todd, o cara por quem eu era apaixonada desde que comecei a escola, tinha me chamado para sair!
  Mas quando eu perguntei aos meus pais se eu podia ir, eles disseram que não, porque, quando o Todd me convidou eu ainda tinha 14 anos. E a regra deles  era nada de encontros até que eu fizesse 15 anos. Então eu tive que recusar o convite. " Mas, por favor, me chame de novo daqui a quatro meses", eu implorei a ele.
  Todd prometeu que me chamaria. Mas, na noite do meu aniversário de 15 anos, onde ele estava? Tinha saído com outra garota. E não era qualquer garota. Era a Danielle , uma amiga minha que sabia o quanto eu gostava do Todd(porque eu contei para ela...E também para todas as pessoas com quem eu esperava o ônibus da escola todas as manhãs, incluindo um garoto mais velho lindo que só apareceu porque a moto dele tinha quebrado). Agora, graças a minha boca grande, Todd tinha sido roubado de mim para minha agora ex-amiga.
  "Se ele gosta dela", diziam meus amigos de verdade, "em vez de gostar de você, ele é um perdedor. Daqui a 15 anos, você nem vai lembrar o nome dele." Parecia difícil de acreditar. Lá estava eu, finalmente, com 15 anos. Mas parecia quase certo que eu jamais sentiria a emoção de ter um garoto dizendo que me amava. Porque o garoto de quem eu gostava estava beijando outra garota e fazendo a cabeça DELA rodar.
  Ainda assim, parecia má sorte começar meus 15 anos chorando. Por isso, depois que os meus amigos terminaram o sorvete e o bolo e foram para casa, eu peguei o diário que um deles tinha me dado de presente e escrevi uma carta para mim mesma: " Querida Meg. Daqui a 15 anos, você estará estrelando em um espetáculo na Broadway e terá tantos admiradores que não vai nem lembrar do Todd. Mas você vai para sempre se lembrar de como foi fazer 15 anos. E de como tudo começou".
  Nesse momento, minha carta foi interrompida  pela minha mãe, colocando a cabeça pela porta do meu quarto. " Tem alguém na porta pra você ", ela disse , os olhos dela brilhavam. " É um garoto! Ele trouxe flores!" Eu sabia quem era, claro: Todd. A ficada dele com a Danielle não devia ter sido tão boa (não me diga!), e agora ele estava ali para implorar  que eu o aceitasse de volta, do mesmo jeito que eu implorei para que ele não se esquecesse de mim quatro meses antes. " Vai logo!", disse minha mãe, empolgada. Passei um tempão colocando maquiagem para disfarçar minha cara de choro. Mas, quando eu desci as escadas, fiquei chocada ao ver que não era o Todd! Era o garoto mais velho da minha parada de ônibus, aquele da moto, que tinha ouvido os meus problemas.
  "Oi", ele disse, segurando um buquê de margaridas. " Fiquei sabendo que era seu aniversário. Queria te dar essas flores." " Obrigada", eu disse, pegando as flores, meio confusa. " Eu também estava pensando", ele disse, " Se você gostaria de sair comigo um dia desses..."  Ele estava fazendo a minha cabeça rodar tão rápido que me esqueci do básico" Qual é o seu nome? " " Eu adoraria" respondi.
  As coisas não acabaram  como eu tinha previsto naquela carta que escrevi para mim. Quinze anos depois, eu virei uma escritora, e não uma estrela da Broadway. E eu ainda me lembro do nome do Todd, ainda que tenha tido outros admiradores. Mas de uma coisa eu tenho certeza: isso tudo começou quando fiz 15 anos, esse número mágico, tão cheio de desilusões amorosas...Mas também de esperanças e possibilidades.
Meg Cabot.
   
 PS: Eu já li um livro de sua autoria, o "Formaturas Infernais" , a parte " A Filha da Exterminadora", Meg é uma das escritoras em que eu mais me inspiro para escrever, quem sabe eu não seja a Meg Cabot do futuro ?!
xoxo Honey S.

Nenhum comentário:

Postar um comentário